Sobre
O Cocôzap é um projeto do data_labe de mapeamento, incidência e participação cidadã sobre saneamento básico em favelas. Ele acontece no Complexo de favelas da Maré, um bairro com 140 mil habitantes da Zona Norte da capital fluminense.
A equipe do projeto, em parceira com a Casa Fluminense e a Redes de Desenvolvimento da Maré, trabalha desde 2018 no Cocôzap para construir, a partir de um número do WhatsApp, um canal de denúncia, debate e proposição sobre saneamento básico, abastecimento de água e coleta de lixo na Maré.
O funcionamento é simples: um número de celular recebe, através do zap, fotos, vídeos e narrativas sobre lixo e esgoto de modo a localizar e ilustrar os desafios de um cotidiano de desigualdades em termos de acesso a serviços públicos. Uma nova base de dados está sendo produzida com a intenção de construir diagnósticos complementares aos indicadores utilizados como oficiais.
A expectativa é de que o debate impulsionado pelo CocôZap possa gerar pressão por políticas e soluções mais legítimas, baseadas em evidências fornecidas por quem vive os dados mais extremos no dia-a-dia do próprio território.
Além da base de dados, são articuladas reuniões mensais com moradores, escolas, postos de saúde e associações de moradores, a fim de difundir o canal de denúncia e construir um debate permanente em torno das questões sanitárias do bairro.
Uma carta-manifesto e um plano de monitoramento também foram produzidos como resultado das articulações. Outra produção do projeto são reportagens e relatos produzidos pela equipe do eixo de justiça ambiental do data_labe formado por jovens moradores engajados nas questões socioambientais do território.
Histórico
Nasce o Cocôzap! Com o edital da Civicus lançamos a ideia em parceria com a Casa Fluminense e ganhamos o primeiro prêmio para o planejamento do projeto.
Três jovens moradores da Maré engajados nas causas ambientais foram selecionados para pensar o formato e começar a testar o resultado nas ruas.
Um dos resultados da residência foi a reportagem investigativa sobre a gestão pública do saneamento básico e suas consequências na Maré.
Articulamos o primeiro encontro entre ativistas, especialistas e moradores a fim de entender conjuntamente as problemáticas e soluções para o saneamento básico na favela.
Para difundir o Cocôzap pelas ruas, selecionamos mais duas jovens ativistas ambientais da Maré para difundir o projeto junto a diversas instituições do Complexo.
A última residência do Cocôzap tinha o intuito de mobilização intensa para difusão do nosso zap pela Maré, interrompido pela pandemia. Foi a oportunidade de fazermos uma pesquisa junto a 15 famílias do território para entender as relações entre condições sanitárias e as consequências da pandemia de COVID-19 na favela.
A partir da Carta do Saneamento da Maré, construímos em parceria com a Casa Fluminense uma agenda com as reivindicações políticas relacionadas ao saneamento no território.
Em uma parceria com a Embaixada Britânica e o Parque Tecnológico da UFRJ, lançamos o Plano que reúne nossas pesquisas, análises, levantamentos e dados gerados sobre o saneamento no território a partir da pandemia do novo coronavírus.
Parceiros
